O ano inteiro tem carnaval




Em Fevereiro as aulas recomeçam, os parlamentares retomam suas atividades e as férias para a grande maioria terminam no último dia do mês anterior.

Logo em seguida tem o carnaval, pausa de novo... Parece que este é o principal evento do País. Não é raro a gente ouvir: o ano só começa depois das festas de Momo. Este ano será atípico, pois, teremos a Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, sediaremos os jogos olímpicos e para encerrar: eleições municipais. 

Mas no primeiro dia do mês de Fevereiro fui convidada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Várzea Grande a participar de uma Roda de Conversa sobre a Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher e me surpreendi com o interesse de tantas mulheres e alguns homens pelo assunto.


No dia 01 de Fevereiro de 1984 o Brasil ratificou o CEDAW (Convention on the Elimination of all Forms of Discrimination Against Women). Este documento é mais um instrumento internacional de proteção aos direitos humanos contendo 30 artigos que asseguram o princípio da igualdade de gênero.

Tenho certeza que algum leitor deve estar dizendo: lá vem mais do mesmo... e até eu digo quando leio artigos dessa natureza, mas enquanto não mudarmos nossa forma de pensar sempre teremos mais do mesmo. Como bem disse Einstein: “Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”.

Uma das revistas semanais mais lida em nosso País trouxe na sua edição do dia 9 de janeiro uma entrevista com Jackson Katz, mestre em educação pela Universidade de Harvard, onde ele afirma que violência contra mulheres não é apenas um problema social a ser combatido, mas também de caráter econômico. Segundo o referido educador americano a igualdade entre gêneros poderia aumentar o PIB mundial em nada menos do que US$ 28 trilhões até 2025.

Para Katz, o fim da violência contra as mulheres deve ser iniciativa dos homens, pois, a desigualdade entre os gêneros não é uma questão feminina, e sim masculina, já que os homens formam o maior grupo que pratica essa violência. O caminho é alterar os estereótipos da masculinidade, segundo ele: “Homens com crenças tradicionais sobre o papel do macho têm muito mais probabilidade de se tornar violentos do que homens educados em ambientes igualitários e as informações passadas pela sociedade constroem hábitos, parecem autorizar determinadas posturas.”

Partindo dessa premissa a ONU Mulheres lançou um movimento denominado Eles por Elas que é um esforço global para envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial, e ajudar homens e mulheres a modelarem juntos uma nova sociedade.

Você que é homem, e quer resultados diferentes pode fazer sua adesão on line ao movimento:  http://www.onumulheres.org.br/elesporelas/

Tânia Regina de Matos
É Defensora Pública em Várzea Grande, MT

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