CARTA A MINHA MÃE
Quis visitar-te o anônimo jazigo
Em que a humildade em paz se nos revela,
Contemplo a cruz, antiga sentinela
Busco a memoria e vejo-te comigo;
Estamos sob o verde de aquarela,
Teu sorriso na túnica singela
É a luz brilhando neste doce abrigo.
Recordo o ouro, Mãe, que não quiseste,
Subindo para os sóis do Lar Celeste
Para ensinar as trilhas da ascensão.
Venho falar-te, em prece enternecida
Do amor imenso que me deste à vida
Nas saudades sem fim do coração.
Comentários