28 de Maio - Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher
Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres. Dossiê vai mostrar as experiências exitosas em direitos sexuais e reprodutivos no País
"A saúde e direitos sexuais e direitos reprodutivos são direitos humanos e cidadania. Que o Estado os garanta, proteja e promova” é o apelo da atual Campanha 28 de Maio, Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher iniciativa da Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe – RSMLAC e articulada no Pais pela Rede Feminista de Saúde,Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos.
Este dia está integrado ao calendário brasileiro como o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, embora neste ano a violência de gênero e o aborto inseguro ganhem muito destaque. Ao se entrelaçar todos estes dois temas que envolvem a saúde, os direitos sexuais e os direitos reprodutivos, em especial a mortalidade materna - percebe-se que no Brasil, as imensas desigualdades sociais e a ofensiva dos setores conservadores e fundamentalistas produzem a exclusão e o distanciamento das mulheres à saúde, ao exercício da cidadania e, por conseguinte, à violação de seus direitos humanos fundamentais.
A Rede Feminista de Saúde tem se empenhado na luta pela implementação dos marcos de saúde sexual e reprodutiva. Para tanto, tem realizado e apoiado reuniões, oficinas, seminários, atos públicos visando o fortalecimento de suas filiadas. Tem integrado mobilizações de interlocução com o Congresso Nacional quando o debate é sobre morte materna, aborto inseguro ou violência, numa perspectiva de saúde e direitos humanos. Investe na permanente capacitação para o controle social.
CONTROLE SOCIAL - As reflexões deste 28 de Maio devem pairar sobre os obstáculos que dificultam a formação de um campo favorável ao avanço dos direitos sexuais e reprodutivos não de forma isolada, mas num conjunto de medidas necessárias que garantam as mulheres o acesso a serviços de saúde de qualidade. Mesmo com as dificuldades que se apresentam, a Rede Feminista de Saúde mantém o compromisso com as instâncias de controle social.
Atividades que serão reveladas nos relatos das experiências exitosas apresentadas pelas filiadas e movimentos de mulheres e constarão da publicação eletrônica a ser veiculada em junho próximo pelo site da Rede: http://www.redesaude.org.br e também no sítio de Maria Mulher: http:// www.mariamulher.org.br – organização filiada à RFS que se associou a esta iniciativa. A idéia desta ação foi criar uma interface nacional para a Campanha 28 de Maio e incentivar o debate e a sistematização do trabalho do movimento de mulheres.
Confira a programação para o dia de hoje em diversas cidades do Brasil:Dia 28
Rio de Janeiro
· Às 10 horas, no plenário da Assembléia Legislativa realização de uma audiência pública organizada pelo Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Mortalidade Materna e Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj. À tarde, a partir das 14 horas, Atividade de Rua pelo Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher tendo como local a Rua Uruguaiana. Na organização do evento está o Coletivo de Mulheres Negras e a Regional Rio de Janeiro da Rede Feminista de Saúde. Distribuição de materiais e divulgação de ações sobre prevenção à mortalidade materna, prevenção ao câncer de mama e outros temas relacionados à saúde da mulher.
Florianópolis
· A Casa Mulher Catarina,entidade filiada à Rede Feminista de Saúde, Regional Santa Catarina, que neste mês de maio comemora 20 anos de fundação, realiza,às 14 horas desta quinta-feira, o Seminário A Saúde da Mulher e os Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos: Correntes e Tendências. Palestra e Debate com a Doutora em Filosofia,Sonia Philippi e com a Doutora em Epidemiologia,Karen Glanzen. As debatedoras são professoras da Universidade Federal de Santa Catarina que sediará o evento no auditório da Reitoria.
IMPERATRIZ
· Panfletagem durante o dia exigindo a implantação e funcionamento imediato do Comitê de Morte Materna e ato público em defesa do SUS e pelo Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e pelo Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.
Porto Alegre
· Audiência do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher com o Secretário Estadual de Saúde sobre o tema dos serviços de atenção às vítimas da violência sexual.
· Ás 14 horas na Assembléia Legislativa do RS acontece o debate: A integralidade da saúde das mulheres e o impacto do aborto inseguro na vida das mulheres. Ainda no mesmo local e logo após o encerramento do debate a segunda apresentação da Frente Contra a Criminalização das Mulheres e Legalização do Aborto. A promoção é do Movimento de Mulheres - Rede Feminista de Saúde - Marcha Mundial de Mulheres - Jornadas Brasileiras pelo Aborto Legal e Seguro - Conselho Municipal dos Direitos da Mulher - Federação dos Bancários - Fórum Municipal da Mulher - ONGs - Coletivo Feminino Plural, Themis, Maria Mulher, Centro Hygia, Amaterna, Fecosul, Liga Brasileira de Lésbicas.
· No Centro de Estudos de Aids/DST do RS – CEARGS,Rua Fernando Machado,480,às 19 horas,palestra com Carmen Lucia Paz, militante do Movimento de Prostitutas de Porto Alegre e Cientista Social e Pós-graduada em Direitos Humanos/Ufrgs. O tema é exploração sexual comercial de mulheres, adolescentes e crianças e sua interface com a violência intrafamiliar e extrafamiliar.
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